Hoje quero falar do livro que acabei de ler: Raio X de Gabriela Pugliesi.
Pra começar preciso dizer que eu tinha um certo preconceitozinho da Gabriela, achava que ela era mais uma daquelas "magras de ruim", que mandam um big mac inteiro no café da manhã, almoço e jantar, sem que a balança mude em 1 grama (todo mundo tem um amigo assim e morre de vontade de matar) e que um belo dia ela decidiu malhar, adquiriu o corpo perfeito e saiu se exibindo por ai e falando "todo mundo pode ter esse corpo, é só querer" (e não, não é só querer. É querer E fazer MUITO).
Maaaas a verdade é que eu não podia estar mais errada. A Gabriela era uma criança gordinha, que amava comer besteira, assim como eu, e para falar a verdade ela era gordinha tensa por que a mãe tinha que trancar o armário e tirar comida da mão dela.
No livro ela conta a história toda: como fez para perder o peso da infância, a luta com a balança, o que ela passou a comer, o que ela fez de exercício, do que teve que abrir mão e tudo mais. Gostei muito por que mostra a pessoa que existe por trás do mito, que ela é uma mulher normal, não tem um metabolismo mágico nem poderes mutantes. Mostra que não tem fórmula mágica, é fechar a boca para as coisas erradas, fazer as escolhas certas e se mexer!
A parte que eu mais gostei foi quando o marido (agora ex, pelo que ouvi das fofocas) diz que quando eles começaram a treinar ela não era gorda, mas não era nada definida, foram 4 (isso mesmo QUATRO) anos de treino intenso para chegar no que ela é hoje. Sabe o que isso quer dizer? Que ninguém nasce com uma barriga chapada e definida, tem que fazer por merecer povo! As coisas não caem do céu!
Outro ponto que gostei muito foi o formato - essa vibe meio Moleskine é super legal. Ah, e também tem as receitinhas, ainda não fiz nenhuma, mas todas parecem bem fáceis e saudáveis!
Minha conclusão é: se ela conseguiu, a gente consegue, ué! Mas, infelizmente, ela tem uma coisa que eu não tenho: tempo. Tempo para poder se dedicar.
E eu não estou falando somente do tempo para fazer os exercícios, mas o tempo de procurar os ingredientes (afinal, nem todo supermercado vende óleo de côco e farinha de arroz) e também o tempo de cozinhar - não que eu não cozinhe, mas por exemplo: não teria tempo de bater uma vitamina de banana e whey pós-treino antes de ir para o trabalho, o que faria (e aliás já deveria estar fazendo) é tomar o whey misturado com água, na shakeira, quando paro no farol e olhe lá. Mas a gente faz o nosso melhor, ué, só não pode desistir!
Fora isso, é um super incentivador! Com certeza vai ser um livro para manter por perto e dar uma olhadinha sempre!
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