quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Dia 60 - Dois meses e a síndrome do bife à milanesa

Gente, fazem dois meses que a gente decidiu mudar de vida. 60% do nosso projeto já passou! 

Pra falar a verdade verdadeira eu sinceramente achava que à essa altura do campeonato estaria com a barriga chapada, mas né? Nem tudo é como a gente quer... anyway, aprendi várias coisas nesse processo. 

Acho que uma das mais importantes é a filosofia do "Não é o último pedaço de comida do Universo". 

Veja bem, eu sofro (ou sofria) de uma síndrome carinhosamente apelidada de 'síndrome do bife à milanesa'- mas que também pode ser da coxinha, batata frita, pastelzinho, bolinha de queijo ou qualquer outra fritura deliciosa, especialmente se for característico de boteco. Toda vez que eu vejo um bife à milanesa fico louca, achando que é o último pedaço do universo e -ai meu Deus, como eu vou viver sem isso - então já vou logo colocando no prato, afinal, eu nunca mais me perdoaria se perdesse a última chance. 




Acontece que essa síndrome vem acompanhada de um efeito colateral chamado 'perda de memória recente do consumo de bife à milanesa', que como o nome sugere, faz a cidadã em questão esquecer do seu recente consumo de tal iguaria, o que portanto, reforça o seu sentimento de que esse é o último pedaço degustado na vida. 

Agora multiplique essa situação por 5 almoços por semana (falo esse número pois é a quantidade de refeições feitas fora de casa) e imagine quantas gorduras trans entram no seu corpinho nesse processo. 

E como lidar com isso? 

Bom, sendo uma pessoa de muitas manias e problemas sérios eu também tenho a questão da "compra compulsiva de urgência e risco de vida". O que é isso? É quando se encontra a bolsa /saia / calça / bota da sua vida e precisa adquiri-la naquele instante, ou certamente a peça em questão se desintegrará, terminando suas atividades no Planeta Terra, para nunca mais voltar, o que evidentemente apresenta riscos severos à vida. Esse problema foi seriamente agravado quando morei nos EUA (Becky Bloom feelings) 

Mas então eu desenvolvi uma técnica para esse segundo problema fazendo o seguinte: quando gosto de alguma coisa dou uma boa olhada, tento memorizar cada detalhe e pensar onde, quando e como poderia ser utilizada e...deixo lá, exatamente no lugar que achei na loja, e vou para casa. Se no decorrer dos próximos dias continuo pensando na peça, até chegando a eleger possíveis combinações com meu armário atual, isso quer dizer que era amor verdadeiro e que eu deveria, assim que possível, retornar à loja e adquirir a peça em questão. Se, por outro lado, a roupa for facilmente esquecida ou substituída por outra paixão, então não era pra ser - até por que nesse ponto eu nem lembro que ela existe. 

Comecei a aplicar exatamente a mesma política com o bife à milanesa e demais potenciais "cheat topics": se vejo no self-service do almoço duranta a semana, não pego. Se no final de semana ainda estou pensando no maledeto, então este é promovido à "Besteira da Semana" e muito bem aproveitado no sábado ou domingo. 

Acontece que nesse processo parei de sentir vontade de várias coisas, até - acredite quem quiser - chocolate!!! (óbvio que o período de TPM não conta). Isso por que muito do que a gente deseja é momentâneo, e depois de um tempo o corpo (e o cérebro) percebe que não precisa dessas besteiras, e sim de vitaminas, minerais, proteínas, carboidratos e gorduras do bem... e passa a desejar essas coisas! 



Então a dica do dia é: não ceda à tentação momentânea! Saiba diferenciar o desejo da necessidade (ou amor verdadeiro). 







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